Quatro áreas são recuperadas em três assentamentos usando o sistema Casadão, com apoio da CPT e ATV.
Por
Dandara Morais
A
Associação Terra Viva (ATV) e Comissão Pastoral da Terra (CPT) visitaram os
Projetos de Assentamento (P.A.) Fartura, Manah e Gleba Xavante, para avaliação
e monitoramento de quatro áreas de recuperação. Estas fazem parte do projeto da
Articulação Xingu Araguaia financiado pelo Fundo
Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) administrado pela Associação Nossa
Senhora da Assunção (Ansa).
O cerceamento e a recuperação das áreas degradas são os
objetivos principais dos parceiros ATV e CPT. Para realizar a atividade foi
utilizado o sistema de plantio Casadão (sistema agroflorestal do grupo),
priorizando a introdução de lavoura branca e árvores frutíferas nas áreas a
serem restauradas. Cláudia Araújo, agente da CPT explica “Optamos por plantar a
lavoura branca e frutíferas, pois estamos atentos à recuperação e à geração de
renda para as famílias, tanto na roça como nos projetos, tentamos consorciar o
bem para natureza e o bem para o homem”.
Durante
os anos de 2013 e 2014 em cada uma das áreas foram realizadas atividades
específicas de recuperação, de acordo com a necessidade de cada local. Foram
feitos mapa da área de uso, cobertura do solo, preparo do solo, produção de
mudas, plantio de mudas e sementes, mutirão, aceiros, visitas de monitoramento
e trato cultural. Lembrando que as mudas são produzidas pelos beneficiários do
projeto e no viveiro da ATV e as sementes são coletadas por eles também.
Conheça
as quatro áreas em recuperação
Seu
Anastácio, morador do P.A Fartura, recuperou uma área de 2,5 hectares, onde foram
plantadas 520 mudas e 50 kg de sementes, de 28 espécies diferentes.
Na
área do P.A Xavante Sitio Terrágua, Valdo da Silva, fez a recuperação de uma
área de três hectares, na qual foram plantadas 19 espécies diferentes, sendo estas
divididas em 38 kg de sementes e 500 mudas de espécies frutíferas, principalmente.
Seu
Placides e Dona Raimunda, moradores do P.A Manah, recuperaram uma área de 2,5
hectares, com o plantio de 21 espécies, divididas em 400 mudas, 48 kg de
sementes. Seu Placides optou por dar prioridade à adubação verde e ao plantio
de lavoura branca (abóbora, batata doce, milho, quiabo), o que lhe garantiu um
uma complementação da renda familiar com a venda de sementes para a Rede de
Sementes do Xingu. Seu Placides comenta “Tiramos tudo do nosso quintal, as
frutas para nossa alimentação, para produção de doces e agora as sementes que
podemos revender para Rede, este ano só aqui do quintal foram quase 50 quilos”,
diz Placides.
O
quarto lote, também no P.A Manah, é do senhor Acrísio, onde foi recuperada uma
área de dois hectares, no qual foram inseridas seis espécies, utilizando mais
mudas no processo, num total de 430 mudas e três quilos de sementes.
Texto:
Dandara Morais
Imagem:
Arquivo ATV
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